Podcast para o público gamer… Devorem seus controles!

Alternativo ou não-convencional?

Ok pessoal, este será o meu primeiro artigo nesta coluna aqui. Do que ela tratará? De dois assuntos que por natureza não tem relação entre si, mas quando se coloca o elemento “Dalton” no meio, eles tem tudo a ver:  Games Alternativos e críticas ao mundo gamer atual.

Vou usar o termo “games alternativos” com algumas ressalvas, pois não sei se seria totalmente correto, dado que alternativo tem relação com o lance dos indie games, que por sua vez vêm de desenvolvedores independentes ou produtoras minúsculas. Dessa forma, quando digo “games alternativos”, estou me referindo, na verdade, àqueles games com qualquer um dos itens a seguir: histórias  não-convencionais, gráficos não-convencionais, jogabilidade não-convencional.

Claro que não preciso dizer, que quem vai definir o que é  convencional será eu, e por conta disso talvez não fique tão imparcial quanto a maioria gostaria, mas farei o possível.

Outra coisa que também vai rolar nessa coluna aqui  será a crítica ao mundo gamer atual. Não no sentido técnico, mas mais no sentido prático: falar mais mal que bem.
Definindo melhor, levantarei “poréns” e colocarei em xeque jargões  batidos, como “Black Ops é o melhor shooter que existe até hoje” ou “O PC Game vai morrer”.

Shank

Não, não é indie...

E como “criticar o mundo gamer atual” se relaciona com o mundo do alternative gaming?

Simplesmente as circunstancias levaram os dois a serem contrários um ao outro.

Não vamos nos iludir, tanto um lado quanto o outro quer ganhar dinheiro. Porem, no mundo gamer em geral, eu considero que isso é feito através de meios de gosto duvidoso, como gráficos piscantes, eventos rápidos exagerados, visuais estonteantes, enredinho por vezes mixuruca, fáceis de engolir, do jeito que o povo gosta, ou altamente complexos, do tipo incompreensível de propósito, afinal, “é somente pra gente cabeça“.

Enquanto no alternative gaming, ou melhor, nos games não-convencionais, não existem essas barreiras: tudo é experimentado, tudo é feito pensando em romper com aquilo que a maioria das pessoas acharia legal/bonito. É pegar o publico por um lado diferente: o da novidade. Isso significa por exemplo, não ter necessariamente gráficos elaborados, mas que tenham algum propósito além do de impressionar (Zeno Clash) . Significa ter uma história não necessarimente cheia de tramas e altamente grandiosa, mas na maior parte das vezes simples, mas que te prenda pela forma como ela e a parte que você joga em si se relacionam (Shank).

Posso dizer a vocês, com certa margem de certeza, que o mundo gamer está caminhando cada vez mais para a complexidade. E nem sempre isso é bom. E este é o motivo que hoje em dia leva as pessoas, principalmente aquelas da minha geração, a ter tantos momentos nostálgicos quando olhamos para trás, passando um bom tempo contemplando a geração dos 8 bits.

Já estou me estendendo demais nesta introdução, e vou deixar para a próxima o post onde começarei de vez, que já aviso, será uma crítica!

Um abraço e até a próxima!

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  • http://www.facebook.com/edcrodrigues Eduardo Rodrigues

    Vê lá que jogo vai criticar hein?

    • http://twitter.com/DaltonBello Dalton Belo

      Não um jogo, mas uma “feature” que está se alastrando como o “futuro dos games”. ;)

      • http://twitter.com/liraf Fernando Lira

        Vixiii… tinha que colocar a coluna como: “O mundo segundo Dalton” HAUHUAA

  • Salese

    Mas alternativo e não-convencional não são a mesma coisa? (só gerando polêmica… hahaha)

    • http://twitter.com/DaltonBello Dalton Belo

      Não necessariamente meu rapaz! Eu chamar o não-convencional de alternativo é simples preferência.

      • http://www.facebook.com/edcrodrigues Eduardo Rodrigues

        Eu vejo a palavra “alternativo” hoje em dia sendo usada para coisas mais pops do que nunca. Ou seja o alternativo virou pop.

  • http://twitter.com/jarochaf José Augusto F°

    Eu concordo com você. Parece que no mercado atual, existem 2 tipos de linha criativa. O convencional é criado pelo “vendedor”. O alternativo é feito pelo designer, o cara que ama o que faz, que “lê” game como uma arte sem regras, portanto, com todas as possibilidades de criação.

  • Dorecos

    Hoje o alternativo é atrelado a dúvida se o jogo presta ou não, o que acontece é que até os títulos alternativos são tolidos pela busca de grandes lucros da mesma maneira que todos os títulos de hoje em dia. Muito mais do mesmo numa formula barata para vender mais. A partir dessa formula só o que vemos são dois caminhos que estão mais evidentes, os jogos violentos com gráficos absurdos e mil maneiras de se fazer a mesma coisa e os jogos bunitinhos com jogabilidade pra retardados em que até quem nunca viu um video game ligado consegue jogar e abusar também das mil e uma maneiras de se fazer a mesma coisa.
     Resumindo, a criatividade e a diversão estão sendo substituídas pela facilidade de atrair qualquer pessoa pra jogatina visando somente os lucros e nós jogadores hardcore( se é que posso chamar assim) estamos fadados a nos desesperar a cada título meia boca lançado.